Depoimento da Silvia |
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Aprendi a conviver com a Tricotilomania Esse site é, sem dúvida, o melhor e mais completo de todos sobre o
assunto. Parabéns!! Como muitas pessoas, fiquei sabendo que meu "hábito" era na verdade uma doença, depois que assisti
ao Fantástico. Iniciei por volta dos 10 anos. Hoje tenho 37 e continuo. Passei por crises no início, do tipo de não
ter mais como esconder, mas consegui, nem sei como. Algumas pessoas da minha família já perceberam, deram tapinhas na
minha mão e falaram tudo o que já li nos depoimentos do site. A história se repete. Agora, sempre que a vontade aperta,
procuro os sites, me informo um pouco, para ver se alivia. Sinto que já aprendi a conviver com essa doença e nem tenho muita
disposição para parar. Aprendi a me concentrar em um único ponto (no topo da cabeça), de forma que posso arrancar os
fios até um certo limite, depois de um tempo, tenho que interromper, afinal, não há mais fios, e retorno depois que eles
crescem. Hoje já nascem brancos. Nunca tive coragem de falar isso com outras pessoas, exceto, com muita dificuldade
e vergonha, para duas psicólogas com as quais fiz terapia, mas nenhuma chegou a me ajudar, sequer a dar muita
atenção ao fato. Tenho reservas até para acessar sites e nem sei como tive disposição de escrever meu depoimento. Acho
que nosso caso requer muita pesquisa, só isso! sinto uma aversão tão grande a tudo que se refere à essa doença, nojo, repulsa,
argh! que horrível!! Obs: percebi que é comum a vários depoimentos a aversão que sentimos quando outros nos tocam,
principalmente se for nos cabelos e na cabeça. Seria isso anterior ou posterior ao aparecimento da tricotilomania? Um
abraço a todos, Silvia. ginjor@uol.com.br
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Depoimento da Ana, irma da Adriana |
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Olá, meu nome é Ana e em junho deste ano descobri que minha irmã
possui tricotilomania, até então, simplesmente achava que por volta dos 12 anos ela "arrancava" os cabelos e que até
os dias de hoje havia momentos em que falando ao telefone os arrancava, e eu ou minhas irmãs ou pais gritávamos "PARE DE ARRANCAR
OS CABELOS!".
Quando ela me contou que aquilo era uma doença e pediu para eu ver alguns sites na internet (moro
no Rio e ela mudou-se pra Floripa no início do ano), imediatamente o fiz e confesso que fiquei chocada, quase desmaiei e fiquei
torcendo para que ela não fizesse todo aquele "ritual" que as pessoas descreviam. Pois então, indaguei-a e ela me disse
que sim, faz o ritual.
No momento que percebi que ela era / é como todas as pessoas que têm esta mania, resolvi encarar
de frente e procurar ajudá-la, mas como? como? como? está aí a pergunta que não quer calar...
Deixando o meu caso em particular de lado, quero muito dizer a todos vocês que tanto sofrem por esta
mania que sinto que todos são do bem. Encaro como um vício que se instalou, só que um vício benigno, diferente do vício do
cigarro, das drogas, do álcool. Tirar os cabelos pode, no máximo deixar falhas no couro cabeludo ou o tal novelo que
é operável; enquanto que os outros vícios fazem mal tanto à própria pessoa quanto a terceiros. O próprio comedor compulsivo é
um viciado maligno, pois a gordura não faz bem à saúde. Posso enumerar todos os vícios e compulsões e com certeza a tricotilomania
é o mais benigno dos vícios.
Não sei se me fiz entender, pois não dá pra rascunhar um depoimento cheio de emoção. Quero mesmo
deixar a mensagem de que não há motivo para ter tanta vergonha desta mania. Vocês podem até dizer que é fácil falar isto
para uma pessoa que não é tricotilomaníaca e desde já eu digo que não, não é nada fácil ter uma irmã que eu amo tanto
e saber que ela sofreu calada por tantos anos (mais de 20) e só agora quis se abrir, não é fácil saber que minha irmãzinha
amada ainda sofre e que não sei como ajudá-la.
Boa sorte a todos vocês!
Ana.
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Depoimenento da Patricia |
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Oi meu nome é Patricia e posso dizer que tudo começou a + ou - 10 anos atrás...Eu
tinha 17 anos,estava noiva de um rapaz muito ciumento... Após uma de nossas brigas eu arranquei de uma vez só muitos cabelos,talvez
com o intuito de chamar sua atenção...Me sentia reprimida com aquele relacionamento,pois ele não queria que eu exercesse minha
profissão....Certa vez ele pediu que eu escolhesse ou a Enfermagem ou nosso casamento,eu escolhi a Enfermagem e deixei pra
trás, o sonho do casamento! Aprendi a caminhar sozinha,mas cada momento vazio,levava minha mão à cabeça e começava a arrancar
os cabelos. Na época,meus cabelos eram compridos e passava desapercebido pelas pessoas. Mas com o tempo,minha mania
foi piorando....Hoje,enquanto estou fora de casa,tudo transcorre bem. Mas,ao chegar em casa é só deitar no sofá para
começar esse macabro ritual. Fio por fio e quando se passam muitas horas,quando estou com dor de cabeça e com a mão durmente,paro ,olho
pro chão cheio de cabelos e começo a chorar de remoço! Não entendo porque faço isso,pois sou cheia de vida,muito alegre,palhaçona,divertida...Minha
religião é linda,sou espiritualista. Pratico a dança do ventre,estou fazendo o que eu gosto(faculdade de Enfermagem).
Enfim acho que Deus foi tão generoso comigo,para que eu maltrate um corpo que nem me pertence,pois um dia o devolverei a natureza. Por
que arrancamos os cabelos? Por que nos devoramos tanto?
Beijos e abraços.
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Depoimento da Vanessa |
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Olá meu nome é Vanessa tenho 22 anos, bom não chego a arrancar os fios de cabelo, mas creio q tb eh um problema de tricotilomania,
mexo nos fios mais grossos e enrolados desde os 16 anos e isso tem me gerado falhas no cabelo, q se acentuaram no ano
passado qdo muitas pessoas perceberam, desde o ano passado diminui essa mania depois q conheci o site mental help, mas geralmente
tenho recaidas, agora comecei a cortar o fio pensando... bom... se tirar esse fio vai ser o último e aí aprece outro
e outro, acho q eh essa a sensação de quem arranca o fio, mas com a ajuda de vcs que tb sofrem desse mal quero parar definitivamente
e tb vou procurar apoio médico. Vamos nos ajudar e tirar as mãos dos cabelos, pelo.... hehehe
por favor me escrevam quero fazer novas amizades...
um grande abraço...
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Depoimento da Ana Paula |
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Meu nome é Ana Paula, tenho 19 anos e arranco meus cabelos desde os
11 anos. Não sei o motivo que isso começou, só sei que me causava uma sensação de prazer e de poder a cada fio arrancado.
Era como um ritual: escolher minuciosamente cada fio do topo da cabeça arrancá-lo e em seguida ficar por alguns minutos observando-o.
Minha mãe quando viu as falhas na minha cabeça me levou até um dermatologista para saber a causa da "queda" de cabelos. Eu
por muita vergonha e medo de que alguem descobrisse a minha mania, não contei a ninguém que era eu quem arrancava os fios
e segui o "tratamento" que a dermatologista receitou. Por cerca de um ano consegui me controlar e diminuir a quantidade
de fios arrancados e assim começaram a crescer, porém durante toda a minha adolescência usei meu cabelo preso pois não
consegui deixar de arranca-los e além de toda a vergonha por não poder soltar meu cabelo tinha que aguentar todos dizendo
para eu solta-lo ou piadinhas relacionadas a isso. Hoje consigo usar o cabelo solto mas tenho uma grande
mecha que é mais cacheada devido a isso. Quando vi a reportagem do fantástico estava em casa com meu namorado. Fiquei
agoniada por saber que aquilo que eu pensava ser uma mania era uma doença e no dia seguinte contei tudo a ele. Percebi que
no começo ele ficou meio assuatado, mas depois ele me apoiou dizendo que iria conseguir parar pois eu era muito maior que
esta doença. Estou sem arrancar nenhum fio há 6 semanas. Já fiquei alguns meses sem arrancar fios e depois voltei
a arranca-los, mas sinto que desta vez será definitivo pois tenho alguem para me apoiar. Todos nós somos maiores que esta
doença e creio que conseguiremos vence-la pois, sabemos que não estamos sozinhos temos a quem recorrer.
Força e paz a todos.
Ana Paula.
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Depoimento da Karine |
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Oi gente, meu nome eh karine, moro em vitoria -ES, cada dia q passa me sinto pior e mais dominada
ainda por essa doença..jah naum sei o que fazer.tenhu muita força de vontade mais jah estou me sentindo uma fracassada..gente
me ajude..me mandem imails: pkm@escelsa.com.br
brigadienhu..
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Depoimento do Emerson |
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Meu nome é Emerson e tenho 32 anos. Minha história começou quando tinha uns 14 anos. Era muito
perfeccionista nos estudos e buscava tirar ótimas notas, pois isto era motivo de satisfação
para os meus pais. No entanto, quando isto
não ocorria sentia uma certa angústia interior e como válvula de escape passei a arrancar
cabelos e pêlos pubianos. No começo, considerei que era apenas um hábito estranho,
mas sem graves conseqüências, afinal de contas me relaxava e me proporcionava até
um certo prazer. No entanto, o tempo mostraria que não era algo tão inofensivo assim.
Passei a não ter mais controle sobre a situação e não mais conseguia evitar o impulso
de auto-agressão, o que gerou uma transformação significativa no meu comportamento e relacionamento com as pessoas. Acabei me tornando um adolescente
triste, depressivo, com baixa auto-estima e então me isolei de tudo e de todos. Somente
contei o real motivo destas mudanças aos meus pais. O pior é que eles também não entenderam bem o caso e não souberam o que fazer para me ajudar e, a partir daí, até em casa era visto como alguém fora dos padrões normais. Com o passar do tempo minha compulsão
passou a ser mais forte nos pêlos pubianos o que me gerou uma falha no
local e uma enorme vergonha de me expor.
Desta forma, tive muitas dificuldades em conseguir namoradas, pois
algo em mim criava uma espécie de bloqueio que me impedia de aprofundar qualquer relacionamento afetivo. Assim, hoje, apesar dos 32 anos, nunca
tive um relacionamento afetivo e amoroso completo e me tornei muito anti-social e com raríssimos amigos. Para preencher
o tempo livre passei a praticar atividades físicas (natação, corrida, bicicleta
e musculação) em quantidade acentuada, todos os dias. Elas me proporcionam prazer,
mas não conseguem substituir o contato social com outras pessoas. O que acho mais difícil de entender é que me considero uma pessoa de bons
conhecimentos, nenhum superdotado; mas consegui me formar, passar num concurso público federal, possuo um cargo digno e um salário razoável que me permite ser independente, mas não sou feliz de verdade,
pois apesar dos bens materiais não sou dono dos meus sentimentos e emoções e continuo
escravo da minha compulsão, sendo incapaz de eliminá-la da minha vida. Já tentei mudar, mas não sei ao certo qual o primeiro passo devo dar. Tenho
mais dúvidas do que certezas com relação ao assunto e para quem enfrenta
calado o problema há 18 anos sem conseguir encontrar respostas e soluções, não sei
se ainda tenho tanta força interior para novas tentativas. Tenho medo de
criar expectativas, fazer planos e correr o risco de vê-los se transformarem em novas
frustrações; pois cada nova desilusão fere tanto a minha alma que não sei se devo
insistir. Coloco-me a disposição para trocar informações com outras pessoas
que tenham problema similar e também com profissionais especializados nesta
área que possam passar alguma forma de orientação e ajuda que venha permitir melhorar minha qualidade de vida que anda péssima. Emerson.
emerson1971@bol.com.br
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Depoimento da Maria das Graças |
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bem, convivo com este problema a +/- 4 anos...no começo isso naum signifikva nd pra
mim..axava q era uma mania e q logo iria passar(mesmo sabendu q era estranhu)..pois depois de um tempo esse problema
deixou de afetar soh a mim e passou a prejudicar td a minha familia, pricipalmente a minha mae, jah que esta eh mt preocupada
comigu e queria saber, encontrar uma solução ou razaum dessa doença... eu sempre dizia q naum eura nada..e q eu iria conseguir
resolver sozinha..mais agora vejo que se tivesse começadu a me tratar no inicio talvez naum estivesse com taum pouco
cabelo como hj..e tb naum teria ´passadu por certas humilhações...ao assistir o fantastico senti noju e pensei q era
inacreditavel uma menina bonita, inteligente, que se4mpre teve d td como eu (modestia a parte...)pudesse agredidir e destruir
a mim mesma..pois eh..hj sofro mt por causa disso e esperu q issu um dia akbe.. brigadu pela atenção pessoal!
maria_das_graças.
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Depoimento da Adriana |
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Meu nome é Adriana, tenho 34 anos e sou portadora da Tricotilomania desde os 9 anos, ou seja, sofro deste mal há 25
anos. Ao contrário da maioria, já conhecia a tricotilomania bem antes do Fantástico. Há 3 meses comecei a pesquisar na Internet
e a partir daí comecei a conversar com uma das minhas irmãs que me incentivou a falar com meus pais. Procuro fazer o
q aprendi no site ( algumas técnicas indicadas) e com isso estou sem arrancar cabelo há 7 dias, acho q é uma vitória, mas
sei q não estou curada. Faço tratamento com homeopatia e não vou desistir, pois sei q tem coisa pior na vida do q a Trico.
Meu marido me ajuda muito e com o apoio de todos e minha força de vontade sei q vou conseguir. Tomara q semana q vem eu possa
dizer q estou há 14 dias sem fazê-lo.
Bem, deixo aqui meu depoimento e agradeço por este site existir. Nós vamos conseguir.
Abraços em todos.
adrianacristinat@hotmail.com
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Depoimento da Paula |
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Olá pessoal,
sou Paula, mas podem me chamar de Paulinha,hehehe..... acho que sou a mais novinha daqui, sou
de brasilia e tenho 15 aninhos, sofro também com a tricotilomania desde quando eu tinha uns sete anos de idade, e até hoje
ainda não consegui me livrar dessa 'mania" de arrancar meus próprios cabelos, sou uma pessoa muito ansiosa e nervosa, passo
horas e horas arrancando os meus cabelos, as vezes até estou consiente que estou arrancando, só que não tenho força para
parar, parece que minhas mãos ficam dominadas, e quando cai a ficha e consigo parar, eu começo a me desesperar, fico
triste, e choro, grito, é horrível me sinto totlmente culpada, todo mundo que passa por isso sabe do que eu estou falando,eu
sei que sou nova, mas na minha vida toda não pude me sentir a vontade, sempre usando os cabelos da mesm maneira, com arco
e presos, com medo das pessoas verem falhas, tenho grandes falhas no topo da cabeça e atrás das orelhas, ja chegou em um ponto
que eu ja nem sei se eu cheguei a arancar ou não, ja é um vício, adimito sou totalmente dominada por essa
"doença" com isso acabo me fechando com as pessoas, graças a Deus tenho o poio da minha mãe, e agora eu tenho o apoio de vocês,
vou deixar o meu e-mail, caso alguém queira entrar em contato comigo, gostaria muito de conversar com vocês e trocar idéias,
pois não estamos sozinhas nessa, e juntas vamos conseguir vencer, acredite em você mesma....
Com Muito carinho.....
beijinhos : )
Paulinha
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