EU SOU TRICOTILOMANÍACO!!!
O Fantástico me fez ver que não estou
sozinho... Não somente ele, mas
especialmente aquelas garotas que ousaram
trazer ao mundo seus tramas
pessoais, às quais agradeço penhoradamente.
Além de outras neuroses e psicoses, fruto
de uma família com alguns
loucos oficialmente reconhecidos, fui contemplado por esta também. Tenho
aquela tesãozinha de arrancar ou arrebentar no meio cabelos da barba, do nariz
(Como coçam!... Ou é impressão minha?)
e de meu precioso órgão genital.
Escolho "cientificamente" aquele que será
a próxima vítima. Um mais
grosso, mais enrolado, mais excêntrico (menos redondinho, mais oval o formato
da seção transversal), etc.
Mas ainda não os como, como o fazem os
tricotilofágicos. Prefiro
bacachoada, muqueca, lazanha, feijoada, etc. Estou acima do peso. 100 Kg para 170
cm.
Lembrem-se! Nem todo tricotilomaníaco
é um tricotilofágico!
Comer cabelos pelo menos não engorda e
ainda reduz o volume do
estômago. Até que seria uma boa, né?
Quando criança, comia meleca do nariz.
Parei bem cedo. Mas que uma
limpeza geral no salão tem o seu lugar, não nego não!... Um prazer sexual desta
natureza não pode ser desfrutado coletivamente.
Ainda.
Na adolescência, considerava um pecado
mortal pisar nas listas
desenhadas no passeio e as pulava religiosamente. Também dava volta de um quarteirão,
imaginando que dentro de um determinado
boteco, estavam debochando de
mim, acreditando que eu era boiola.
Também passou. Hoje sou um hetero altamente
ativo mentalmente e
Posso dizer que tricotilomano socialmente.
Nada grave. Por enquanto.
Ainda que, às vezes chego a largar o volante do carro para curtir tal
coisa!...Quando me incomoda muito, corto
a barba. Mas quanto ao nariz e
ao precioso, acho que vai ser mais difícil...
Gosto de palavras difíceis como idiossincrasias,
elucubrações,
quintessência, etc. Em latim, do curso
médio: panstrogilus megistrus,
eritroblastose fetal, vulquereia bancrofit,
necator americanus,
bionphalaria glabrata... (Devo ter escrito errado, já que não lido com isto. Sou
Minha homeopata ficou maravilhada quando
contei meu caso para ela.
Disse que a homeopatia é a ciência da idiossincrasia. Pegou um livrão verde e
discutiu prolongadamente com seus assistentes, que estão fazendo pós-graduação
com ela. Esta informação foi motivo para que ela trocasse o remédio.
Agora, já tenho alguém que gosta de ouvir
minhas loucuras. E, o pior:
sinto-me uma preciosidade patológica,
digna da bancada de autoridades
estudar... Afinal, na dicotomia da existência,
até uma coisa destas tem
seu lado positivo. Um tema de alta capilaridade...
Propaganda para minha homeopata, que ela merece:
Instituto Mineiro de Homeopatia
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(*) Heitor Reis, Engenheiro Civil, articulista
da FAIBRA - Federação
das Associações de Imprensa do Brasil, residindo em BH/MG, 52 anos,
divorciado sem filhos, militando em movimentos sociais, sem nenhuma vontade de
competir no mercado de trabalho capitalista (vulgarmente conhecido como
desempregado), aguardando cair do céu
aquela donzela linda, jovem,
inteligente e rica para se deleitar com
minhas esquesitices, em troca
dos prestimosos serviços de um insaciável escravo sexual, atualmente
www.Heitor.fr.fm
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