Depoimento da Aline |
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Olá pessoal!! Meu nome é Aline, tenho 22 anos,
e assim como muitas pessoas, somente descobri
que minha mania é doença domingo, assistindo ao fantástico. Tudo começou
quando eu devia ter aproximadamente uns sete anos e minha mãe estava mexendo
em meu cabelo e arrancou um fiozinho, a partir daquele dia comecei com
a "mania". Confesso que me assustei em saber que isto é doença, mas de
certo modo fiquei aliviada em saber que não a única (era o que passava
por minha cabeça). Bem, apenas gostaria de relatar a sensação de alívio.
Que Cristo Jesus nos cure da trico, afinal Ele é o médico dos médicos!!!! Deus os abençoe!!! Abraço, Aline
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Depoimento da Eliane |
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Meu nome é Eliane, sou de São Paulo-SP, tenho 24 anos e há 15 anos sofro
com a tricotilomania, sempre tive prazer em arrancar cabelos, começou com a minha mãe que pedia que eu arrancasse os cabelos brancos dela e eu adorava e arrancava tanto pretos
como brancos e o que me animava é que eles fossem grossos, meio crespos, diferentes do normal pois todos da minha família têm cabelos lisos. Depois quando eu estava com 9 ou 10 anos eu peguei piolho na escola e foi
aí que a minha desgraça começou, eu tinha um cabelo maravilhoso de causar inveja, eu ficava alisando o fio para procurar lêndeas e como não conseguia tirá-las eu
arrancava o fio, eu só sei que em poucas semanas com xampus os piolhos se foram e ficou a tricotilomania...Eu arranco somente cabelos e é geralmente no alto da cabeça, tenho uma falha enorme e a sorte é que sempre tive
muito cabelo, o prazer é tão enorme que é quase sexual, como arranco
os fios sempre no mesmo lugar eles crescem danificados e grossos
e aí é um prato cheio, vira um círculo vicioso, estes fios nunca conseguem crescer. Minha casa vive cheia de cabelos pelo chão, evito usar roupas claras que contrastam com os fios que grudam em mim e todos me perguntam o porquê
de meu cabelo cair tanto, quando eu varro o chão eu choro muito com a quantidade
de cabelo que vejo e a culpa é enorme. Poucas pessoas sabem do meu problema, minha família não
entende porque eu faço isso, vivem me censurando e zombando de mim
e não compreendem que isso tudo é maior do que eu e que é terrível a sensação de culpa por sentir prazer em se autoflagelar. Evito ir ao Salão de Belezas e quando vou eu digo que
tenho câncer com a maior displicência e é por isso que meu cabelo cai, acho que isso choca menos as pessoas e elas sentem pena de mim e querem me ajudar, seria diferente
se soubessem que sou eu que causo este dano, seriam radicais comigo e com certeza zombariam de mim. Não permito que ninguém ponha a mão na minha cabeça, aliás eu nem gosto que toquem em mim, nem mesmo a minha mãe, que é a pessoa com quem eu
divido minhas angústias, tem esse direito. Namoro há 5 anos e ele
sempre reclama que eu não deixo fazer cafuné em mim, isso seria uma tortura tão gigantesca, como somente neste anos eu soube realmente, apesar de desconfiar, que isso
é uma doença, eu pude contar a ele sobre meu sofrimento, chorando muito permiti que ele tocasse no meu cabelo, visse a falha e sentisse os toquinhos de cabelo
crescendo, foi tão horrível, pensei que fosse desmaiar ou ter um colapso, quase não podia respirar, e depois que tudo terminou ele não deu a menor importância e
acha que isso é frescura, mania tola como roer unhas como ele, isso me matou. Procurei dois psiquiatras este ano, o primeiro riu de mim e então eu imprimi tudo que
encontrei na Internet sobre a tricotilomania e mandei pelo correio para esse idiota retardado, o segundo foi um amor comigo e realmente quis me ajudar, me receitou
ansiolítico e antidepressivo e na euforia inicial eu parei de arrancar por três meses e aí um certo dia pus a mão na cabeça e de cara achei um fio que me excitou
e começou tudo de novo com uma intensidade ainda maior e eu larguei a terapia
e não tenho coragem de voltar. Acho que tudo isso em mim se resume em frustração de vários sonhos que nunca realizei, a ansiedade de algo bom que vai chegar e nunca chega
realmente e não sei dizer o que é, e também ao medo que tenho da morte, pois eu tenho uma doença congênita muito rara que me faz sentir diferente das outras pessoas
apesar de não ser visível e de eu estar bem. Resumindo, eu sofro
muito mesmo, ao menos agora terei com quem dividir esse problema, já perdi minha a esperança, foram tantas tentativas, toucas, luvas, corte de cabelo... eu não acredito
que eu possa parar, estou quase desistindo de me curar e se isso piorar eu juro que prefiro morrer . Espero que todos que tenham lido este depoimento sejam muito felizes!!!
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Depoimento da Elisangela |
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Olá Leonora e olá para todas as pessoas que estão lendo...
Meu nome é Elisângela, e sou do RJ, e sofro desse distúrbio desde os 17 anos, não lembro
como começou, mas sei que foi com essa idade. Hoje tenho 30 anos. Infelizmente não assisti à reportagem do Fantástico, mas
fiquei sabendo aqui no trabalho, pois somente uma única amiga minha sabe desse problema, então foi ela que comentou sobre
a reportagem.
Quero deixar minha mensagem de força para todas as pessoas que, pelos depoimentos que li, o problema
vem se agravando, hoje quando prendo o cabelo, não se percebe, mas só posso usá-lo preso, por enquanto, houve um momento que
ficou tão cheio que eu até voltei a usá-lo solto novamente, mas infelizmente me descontrolei e voltei a arrancar, mas
consegui me controlar um pouco e o dano não foi maior. Só arranco no topo da cabeça, arrancava também as sombrancelhas e os
cílios, mas consiguia disfarçar com corretivo a base de lápis próprio mesmo. Somente meu esposo, essa minha amiga, meu pai
e meu irmão sabem. Eu não engulo os fios, apenas arranco os fios, e com os dentes trituro as raízes, mas também não as engulo
tiro da boca com os dedos...
Eu quero deixar aqui a seguinte mensagem: quase perdi meu relacionamento com meu marido, por
causa desse mal, mas vi que tem cura, é claro que depende de muita, mas muita força mesmo, pois como já falei, houve um momento
que os fios cresceram tão vigorosos que usei o cabelo solto, meu cabelo é comprido e ondulado, somente no topo há uma falha,
mas os fios estão nascendo, mas demorados que antes, mas estão nascendo.
Então pessoal, confiem em Deus, pois só Ele pode nos controlar, porque o meu marido na época
conversou comigo e me falou para quando sentir vontade de arrancar o cabelo, o que só acontece quando estou em casa em algum
lugar sozinha, chamar por JESUS! Bem alto e forte, foi isso que não me fez arrancar mais os cabelos, quando sentia as mãos
indo para cima chamava o nome Dele, aí não conseguia arrancar mesmo. E tem sido assim, se quero arrancar, penso Nele, e falo
Seu nome, sabe o resultado tem sido eu conseguir me controlar, aí saio do lugar onde estou e procuro alguma coisa pra fazer
e logo esqueço da vontade... Em breve tenho certeza que voltarei a usar o cabelo solto novamente, pois só depende de nós mesmas
a recuperação, se vocês confiarem em Deus e entregarem esse problema a Ele, tenho certeza que vocês conseguem, pois eu consegui,
então essa é a dica que pra vocês, orem muito, e na hora que sentirem necessidade chamem pelo nome Dele que com certeza a
vontade irá embora. Ele nunca deixa um filho seu em apuros, é só pedir forças a Ele e confiar...
Atenciosamente, Elisângela F. Gomes
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Depoimento da Angelita |
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Me chamo Angelita, tenho 23 anos e sou do Rio Grande do Sul. Só descobri q minha mania era um problema depois de assistir a uma reportagem no Fantastico de ontem, fiquei chocada e hoje não consigo
nem trabalhar direito. Comecei a arrancar os fios depois de parar de roer as unhas, há uns oito
anos atrás, eu até achava estranha essa vontade incontrolável de arrancar, analisar o fio por um tempo e depois tirar a raiz com a unha, mas não achei q fosse tão grave. O saco é aturar
todo mundo te dizendo "para de arrancar os cabelos, quer ficar careca?", minha familia, meus amigos, colegas da faculdade e trabalho,
todos sabem, não escondo de ninguém, mas também ninguém ajuda. Meu cabelo é arrebentado, ralo, quase careca. Sou vaidosa, mas morro de vergonha de ir ao salão de beleza. Gostaria muito de conversar com
outras pessoas q sofrem do mesmo mau, por favor
escrevam pra mim. Angelita
angelnh23@ig.com.br
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Depoimento da Vera |
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Leonora,
Fiquei chocada com o que
li. Eu não sabia que este hábito é uma doença. Nem lembro qdo começou. Eu só sentia que meu cabelo ficava feio, nada dava
jeito. Cortei o cabelo curto, cortei as unhas, passei a ir à manicure e mantê-las bem pntadas e melhorou um pouco, agora eu
só fico procurando cabelos com pontas duplas, acabo arrancando as pontas em desalinho. Eu queria poder me controlar por mim
mesma, sinto vergonha de fazer isso na frente das outras pessoas e sei q o hábito é nocivo, mesmo por que meu cabelo vai ficar
feio e eu vou ter que falar para o cabeleleiro o que deixou o cabelo mais curto em determinada área. è muito desagradável,
porém , saber que tem outras pessoas q fazem isso me deixou um tiquinho melhor. Meu cabelo está tão curto q eu nem posso vê-lo
a naõ ser através do espelho. Obrigada pelo site, bjs
Vera.
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Depoimento da Mari |
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Não me lembro quando isso começou na minha vida, acho que a vida toda fui tricotilomaníaca.Tenho 20
anos, e tenho várias lembranças, mesmo da infância onde já arrancava os fios do meu cabelo. Eu faço isso o tempo todo,
eu coloco a mão na cabeça, escolho o fio, geralmente o mais grosso, arranco, mordo e engulo. Sempre achei que fosse louca,
mas graças à pesquisas na internet, descobri que não estou sozinha no mundo. Muitas vezes, me culpo, não converso
sobre isso com ninguém. Devido as falhas no meu cabelo, minha mãe percebeu, brigou comigo e várias vezes me envergonhava
na frente das pessoas, em salões de beleza, e eu me sintia super mal. Ela pensou que eu tivesse parado, só que no último
domingo estávamos assistindo tv, e passou uma reportagem no fantástico, ela fez questão de contar para todos daqui
de casa que eu fazia isso, e eu me senti como em um tribunal, sendo acusada de um crime, todos me olhavam com um olhar
de nojo, desprezo. O pior veio quando ela me perguntou voc ê também come os cabelos? Eu disse sim, e todos começaram a
rir, deram gargalhadas, eu comecei a chorar, corri para o quarto e me senti muito mal, pensei que depois que eles
vissem a reportagem, fossem me entender e talvez poderiam até me ajudar. Infelizmente isso não aconteceu, e percebo
que desde do último domingo as crises pioraram, tenho ataques, arranco vários e depois choro olhando para os fios arrancados.
Me sinto fraca, talvez nunca consiga parar, mas peço que haja uma conscientização maior acerca do assunto, para que
nós que temos esse "distúrbio" não sejamos discriminados, nem humilhados, precisamos de ajuda!!!!
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Depoimento da Rina |
Tenho 31 anos e sofro de tricotilomania há pelo menos 20 anos, a cada ano sinto que aumenta minha compulsão
em arrancar os cabelos e comê-los. Faço isto para aliviar minhas ansiedades ou para passar as horas quando tenho tédio.
Muitas vezes me pego arrancando os fios de cabelo durante o sono. Já estou praticamente sem cabelos na cabeça, uso frequentemente
um lenço amarrado para esconder minha calvice. Sofro muito com isto, principalmente quando percebo os olhares curiosos
das pessoas. Mas o que mais me machuca é a forma como os meus familiares tratam do assunto. "Pára de arrancar os cabelos"
é o que sempre ouço das pessoas, me tratando como se fosse apenas um costume que posso manter controle sobre ele. Nunca
falei abertamente com alguém sobre o assunto, principalmente porque sei que não serei compreendida. Fiquei muito feliz
em saber que "não sou louca", mas sofro de um distúrbio que acomete diversas pessoas em todo mundo. E o melhor:
TEM CURA ! Preciso procurar ajuda profissional para solução do meu problema, mas temo em encontrar profissionais inexperientes
no assunto e ser tratada de forma ineficaz. Moro em Natal - RN e ficaria muito feliz em poder saber de algum profissional
que possa me ajudar na solução deste problema que carrego comigo durante todos estes anos.
Rina.
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Depoimento da Michel. |
Leonora, Conheci o seu site sobre Tricotilomania e confesso
que senti um grande estímulo para me tratar. Tenho 27 anos e desde a infância sofro com pequenas crises da doença,
sendo que esta se agravou há um ano e meio de forma avassaladora. Passei noites em claro, sem conseguir parar de arrancar os
fios na altura do comprimento, ou seja, de baixo praa cima; minhas mãos não me obedeciam e meus dedos ficaram feridos
nessa época. Tudo isso em um pequeno espaço de tempo e em questão de dias, meus cabelos já estavam na altura do pescoço. Coloquei
então um alongamento chamado Great Lenghts, caríssimo, que dura quatro meses e custa quase três mil reais. Pois um alongamento
desses, com 275 mechas, durava em média vinte dias na minha cabeça!!! Gastei uma fortuna, sempre achando que esse seria
o último, que eu ficaria curada, mas a única coisa que consegui foi quase falir meu marido, mais nada. Ou melhor,
houve uma piora progressiva: parei de mexer no comprimento para mexer na queratina que fixa o alongamento ao meu fio,
ou seja, cada vez que arrancava uma mecha, estava arrancando o meu próprio cabelo com bulbo e tudo, o que me causou
enormes falhas em toda a extensão da cabeça. O mais doloroso é que em 2001, eu conheci o site do Dr. Rubens e fiquei
chocada com os depoimentos. Estava grávida de nove meses e chorei muito pensando em como aquelas pessoas sofriam...
Nessa época meu cabelo estava no meio das costas, ainda não existia esse pesadelo em que a minha vida se tornou. Meu
marido sempre custeou os alongamentos mas nunca achou que eu precisasse de tratamento, pelo contrário; sempre foi contra
que eu procurasse ajuda médica ou uma terpia cognitiva, que eu sei que é a ideal para esse caso. Hoje em dia, após
vários problemas de ordem financeira, me vejo trancada em casa, sem coragem de sair à rua. Estou economizando para um
novo alongamento; desta vez, um método em que o cabelo fica preso e outro é colocado por cima. Vi alguns trabalhos de
perto e considerei extremamente bem feitos, muito naturais. Após conhecer sua página com muita atenção, percebi que não
procurar ajuda médica de novo, seria apenas persistir no erro. Preciso de ajuda, preciso de medicação. Preciso acreditar
que posso me livrar desse problema, mesmo que demore. Não posso desistir!! O último remédio que tomei foi o Efexor XR,
que não evitou as longas crises que tive na época. Quero agradecer pela página e pelo carinho, pois diferentemente
de todas os outros sites, o seu é o que nos acaricia, nos faz sentir capazes, nos mostra que tudo podemos se assim quisermos
e, o principal: que Deus nos ama acima de tudo. Vc não tem idéia do quanto me confortou.
Um grande abraço, Michelle.
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Depoimento da Jac. |
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